domingo, 24 de maio de 2009

Tropas de elite, de proteção e neonazismo

Peço desculpas pelo péssimo acabamento que apresentarei neste texto. Pretendia escrevê-lo amanhã. Mas o ritmo dos fatos faz com que eu registre algumas linhas hoje. Iniciando: a questão do papel do "guarda" do " subordinado" do " fuincionário que cumpre ordens" tem ocupado um espaço central nos debates sobre Alemanha e Tropas como a SS. Tema abordado no filme O Leitor -que me fez lembrar desta dicussão sobre responsabilidade, opção e consciência. Não vou desenolver estes pontos aqui. Talvez eu dedique um programa de estudos para pensar isto. O fato é que quando abro o Jornal de domingo, o preparador físico do Bope -Rio de Janeiro, posa e dá entrevista como se sua atividade fosse não só naturalizada mas também elevada à uma condição glamourosa. Este é o termo para abordar o que envolve esta força policial desde o filme. Os subprodutos deste filme, estão dentro de grandes coorporações, seminários motivacionais liderados pelos caverias, pagos muito bem por paletras sobre resistência, comando, decisão. Tenho a impressão de que se ignora a questão- MAS AFINAL DE CONTAS, QUAL O OBJETIVO FIM DA TROPA?
Desta forma, o discurso da guerra necessária, inevitável e instaurada nas entranhas da sociedade cariioca, justifica "a missão". E rende filmes, livros, peças de teatro. palestras, status.
No Paraná, um grupo neonazista é preso, delatando o envolvimento de políticos nacionais. E conexões com Chile e Argentina.
Seria possível afirmar que são fenômenos sem conexão se levarmos em conta como as representações sobre bandidos, negros, pobres em geral, parecem confundir-se em discursos oficiais? E não raras vezes, nas explicações dadas por moradores de subúrbio, bairros nobres e populares, favelas, etc... no cotidiano?
O Estado condena com ardor o neonazismo, como expressão de um comportamento inaceitável. O EStado, mídias e empresas, premiam batalhões especiais pelas habilidades técnicas de seus homens de ferro.
A Universidade - e acompanho de perto este fato, não me libero da responsabilidade- certifica algusn destes como hábeis também na capacidade reflexiva - o Estado investe nesta formação.
Mas qual o objetivo de neonazistas e policiais de forças especiais? Mudam os métodos? Talvez, mas não é o aspecto mais importante. Mudam os alvos? Não, são pobres, negros, homossexuais. Ambos partilham de alguns alvos em comum. O que há de diferente então?
O que há de diferente, creio eu, é a chancela do Estado em relação aos batalhões especiais. Necessários à qualquer Estado Democrático de Direito que precise apresentar garantias em segurança pública á população.

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