sexta-feira, 28 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

PROGRAMA RODA VIVA


Façamos usos dos recursos disponíveis

http://www.rodaviva.fapesp.br/search.php?q=fhc




Octavio Ianni: Mas eu distingo. Nós estamos vivendo uma globalização que é a globalização de cima para baixo. Que é das grandes corporações, dos grandes negócios, dos grandes mercados. E essa globalização é um fato irreversível e danoso. Gravemente danoso para todo mundo, estamos vendo. Agora, sendo o fato irreversível, o que nos cabe é reconhecer que é um fato irreversível e batalhar para que haja uma globalização de baixo para cima, para que os povos, os grupos, as sociedades, as nações, possam entrar nesse espetáculo fantástico que é a sociedade mundial.

Chico de Oliveira: Eu vejo um problema nisso, porque o seu príncipe eletrônico é um príncipe da memória e do esquecimento. São conceitos, são liberdades que você toma e toma com grande categoria. Na parte do esquecimento, há esquecidos que sequer podem processar a nova língua franca. Então, como fica a transculturação? Temos a África, que é um tema, aliás, eu estava preparado para te pedir a opinião, que é um tema pelo qual você iniciou a sua presença no mundo acadêmico da universidade para fora. Metamorfose do escravo, o livro que você começou essa longa viagem. Precisamente, como ficam esses esquecidos, esses que o príncipe eletrônico oculta todo o tempo? Que acesso eles podem ter a essa cidadania global?

domingo, 23 de agosto de 2009

PRESENTE PARA INICIAR SEMANA

Tempos de um humor maravilhosos, revejam esta
http://www.youtube.com/watch?v=pN8FDUgiRNY&feature=related

Maridos, esposas, relações e modernidade

As questões de que tanto trata Woddy Allen em seus filmes, especificamente para esta discussão o filme Maridos e Esposas, é tipicamente moderna (e alguns dirão burguesa). O ideal da realização profissional e de um casamento onde existam quase todos os itens modernos:companheirismo, trocas, romance, sensualidade, fidelidade, admiração, projeto de vida.... creio que estão dão conta do que preciso para explicar o problema. No caso dos casas que podem praticar as liberdades modernas (renda e formação são poderosos liberadores para mulheres e homens), as dificuldades de ajustamento só aumentam. Assim como o número de pessoas que passam a fazer análise. Não é uma crítica ao ato de fazer análise, mas a generalidade do problema, o transforma em um fato social- e foi por isto que resolvi escrever.
o ângulo de onde abordarei a questão tem relação com a emancipação feminina: consciência dos desejos não satisfeitos, da desigual divisão de tarefas, do processo de deterioração da intimidade, do problema em relação á criação dos filhos, do problema para realização do projeto pessoal. Como resolver isto com análise? Lá pelas tantas, alguma indicação de rompimento. Vinda de um amigo, de um conselheiro, do desejo de viver outra situação afetiva.
O rompimento implica em: 1) mudança de residência, portanto erosão patrimonial, 2) rompimento com um círculo onde podemos estar encaixados - em metrópoles onde existe muita dificuldade para refazer amigos (moro no Rio há 4 anos e devo ter no máximo 4 ou 5 pessoas mais próximas), 3) a dificuldade para preencher o espaço com todos os atributos listados lá em cima, projeto, intimidade, romance, etc....
Por esta razão, podemos viver uma vida " desacoplada" (inspiração em Giddens, certo?). Explico: podemos crescer ao lado do outro, que se constitui na base de apoio para desafios: como são os concursos todos, os medos, as neuroses. E viver uma relação afetiva estacionária se analisada do ponto de vista da intimidade. Mesmo no mais moderno mundo, os papéis não se alteram facilmente, os discursos se reproduzem. As mulheres são qualificadas como " detalhistas, exigentes, neuróticas", os homens são " desleixados, relaxados, egoístas". cada um vê o outro por estas lentes - que não são lá, a 'lente do amor".
As transformações na intimidade (Giddens novamente, confesso que não li todo o livro), colocam a urgência da resolução - nada pode ser adiado por muito tempo. Não há como perder anos da vida esperando que os filhos cresçam, que o marido ' pare de beber", que o encontro sexual melhore. Tudo tem de ser agora. Não há doação? Mas não houve um modelo de sociedade onde a doação era a base das relações? Espero que não vejam aqui, uma observação que possa ser taxada como "típica das feministas".
Quero enfatizar a questão do ajustamento e das relações estacionárias. Creio que o desajuste nas relações produz um número inédito de rupturas. O lema " antes mal acompanhada do que só" tem um apelo inegável. Mas também perde força diante da escolha pela solidão feita por tantas mulheres.
A escolha entre "ajustar-se" a um corpo sem vibrato, que deixou-se engordar pelos anos de convivência e lançar-se em aventuras na busca de um colorido-movimento, estão aí.... não sei se parte dos homens são capazes de usar seu tempo para pensar a respeito. Creio que existe uma barreira cognitiva nisto - já que fazê-lo implicaria em rever a própria atuação. A própria incapacidade de "doar-se" ao mesmo para satisfazer o outro. Muitos casais se reconhecerão no que digo: é a distância que media a convivência. Durante 3, 4 ou 7 anos. Mortifificando o cotidiano, gerando contínua irritabilidade, inveja de moças e moços de folhetins, fantasias e é claro, enriquecendo os analistas e os farmacêuticos, as academias, clínicas de cirurgia plástica, lojas de bolsas e sorvetes. Alguns sabem que estão insatisfeitos, outros recalcam isto e passam a manifestar um comportamento obssessivo em outras questões: futebol, carreira, política partidária, direitos humanos, enfim.... os na criação dos filhos.
Os que sabem, explodem, berram, gritam, querem resolver a questão. Os outros, podem atravessar melhor suas crises, e até encontrar sentido na casamento como instituição de produção de segurança. Não falo isto de forma crítica. O rompimento produz um desgaste tão meteórico que as vezes, é melhor manter tudo em seu lugar, dando vazão ás fantasias, pequenas traições, etc....
Não pensem que duvido das potencialidades do amor moderno, como fruto do legado dos trovadores medievais, este que tem romantismos de todo o tipo e encontros sensuais transformadores. Tudo que escrevi não exclui esta possibilidade, que aliás também se realiza com freqüência justamente porque a coragem de romper, fortalece a coragem de amar. Creio que romper pode ser até mesmo um ato de respeito ao próximo, já que não é novidade que uma interação ruim não produz necessariamente, outra relação ruim. Claro que é desolador ver aquele ou aquela que deixamos florescer nas mãos de outrem: " mas comigo ele nunca fez isto", "como ele se curou da impotência", "ela passou a se vestir melhor", " veja, ela terminou a faculdade".
As relações conjugais, em minha humilde opinião, são as maiores forças de movimentação psico-espiritual a partir de determinada fase da vida. Passamos pelos piores pesadelos e pelos maiores deleites, nos medimos, nos humilhamos, somos capazes de crueldades. Ou seja, podemos conhecer a profundidade de algo que chamam de “alma”. Esta é a relacão social mais próxima com alguém que não tem nosso sangue. Daí que estes são dramas modernos inescapáveis....

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

indicando blog

Na pesquisa com funk encontrei este blog que indico à vocês
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com

Sobre Panteras e Àguias

Pontos para refelexão a respeito de mudança social. Vamos lá
1. direitos civis norte-americanos
2. acesso universal á educação de qualidade
3. ocupação de cargos por mérito e não por cor ou descendência familiar
4. direito á dignidade no tratamento jurídico

Uma família negra, parda, não importa, o micro aqui é macro. Porque em um grupo de 7 indivíduos cujos pais tiveram pouco acesso à escola, e entrada na Universidade é um dado político significativo-
Não fiz a referência na mensagem aos meus primos, no estilo tão comum em famílias onde tornar-se juiz, sendo filho de desembargador. só confirma que a sociedade se reproduzirá nos mesmos moldes.
Sei que vocês entenderam onde está a mudança. Uma parte dela ao menos.

para meus primos,
Porque é fácil esquecer de registrar nossos afetos,
Para Amanda que chegou ao mundo agora
Para Juliana, André, Marcelo
Jaqueline, Daniel, Rafael, Caroline, Júlio....
e desta diáspora toda, para os outros que longe estão.
Parabéns aos que têm a coragem e o amor para dar a estas crianças - são nossas cópias melhoradas,
Parabéns aos formandos, André e Jaque- estarei aí para ver esta família em seus belos tons - desfilar pelos salões da PUC e da UFRGS.
e todo a gás para os que têm de achar um caminho em um país como o Brasil- VAMOS CONTRARIAR AS ESTATÍSTICAS....

domingo, 16 de agosto de 2009

Museu da Imagem e do Som no Rio de Janeiro

Reproduzo do blog Tribuna da Imprensa estas informações,
sexta-feira, 07 de agosto de 2009 | 19:45

Imbecilidade do governador Sergio Cabral

Museu sem IMAGEM, sem SOM e sem VISTA

Estou PERPLEXO. Copacabana tem uma das vistas mais belas e cobiçadas do mundo. Mas os projetos selecionados do MIS (Mostra da Ignorância do Sérgio ou Museu da Imagem e do Som?) não têm JANELAS.

Não se aproveita a vista. São paredões de concreto com mais ou menos “aberturas”, de acordo com “a cegueira” de cada projeto. Quando a fachada deveria ser uma “varanda vertical” toda de vidro de alto a baixo, “socializando” a vista. Confira aqui os projetos

Por isso, as construtoras que vão “vender” a Barra pelo resto da vida anunciam: “Na Barra a vista É PARA SEMPRE”. Que tal um MIRANTE VERTICAL, e deixar que todos fiquem maravilhados e satisfeitos?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

memóras afetivas


saudades do IAPI - sem querer dar uma informação manjada, Elis morava por aqui....mas agora me apaixonei por Piaf- apresentarei Millord á vocês!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PARA ASSISTIR

AMIGOS
Ainda não sei postar vídeos, mas o endereço está abaixo
É uma animação de Disney para Carmem Miranda
Peço encarecidamente que assistam - é de uma poesia ímpar.

http://www.youtube.com/watch?v=hRz-M30PcEU&feature=related

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Das relações interpressoais


Ouvir sobre abuso policial em uma grande cidade como o Rio de Janeiro, produz uma sensação de desconforto e acomodamento dentro de um quadro geral de cognição urbana: os lugares são estes, as práticas são estas. Mas ao fim, o que faz com que um homem, se aproprie do material do trabalho de uma mulher que nitidamente opta por este recorso como forma de sobrevivência?
Nossos nervos podem enrijecer a que ponto?
Não há como acomodar as informações dentro de um quadro que torna normal este fato.
Os bairros, as cidades, os Estados, as nações e tudo isto atravessado por estas relações - não basta descrever.

O que é uma cidade?

Há algumas semanas estudando para escrever o capítulo três da tese, reencontrei com mais maturidade a escola de Chicago- e comecei a ver de outra forma a organização urbana da cidade do Rio, principalmente no conjunto que vai da Presidente Vargas até a Cinelândia. Hoje fiz o caminho de retorno pela Carioca- olhando o Passeio a a aglomeração urbana. Multicultural? Multiétnico? A cidade, seus prédios luminosos, no caso do Rio de Janeiro, estes fantásticos prédios de 1880 ou antes. Mas estamos aí, no nível da descrição da diversidade de pessoas, construções, cafés... Na seqüência de um café as 18 horas na Presidente Vargas, caminhei até o lado esquerdo da Rio Branco, direção centro. Ao parar para olhar pérolas não-verdadieras de uma vendedora, na esquina, registrei a história que passo a narrar:
"Ele apareceu, dizendo perdeu, perdeu e saiu, Nisto o policial foi atrás e pegou a mercadoria. Fui até a Uruguaiana pois sei que eles têm de pegar o ônibus ali. Disse a ele que queria o lacre pois tinha todas as notas fiscais da minha mercadoria. Ele jogava para cima, irônico, quebrando meu material. Peguei seiscentos reais emprestados para adquirir a mercadoria. Ele disse- Isto é seu?
Dias depois fui ao depósito, vi de tudo, tinha sobrado pouco de minha mercadoria. Tudo quebrado, além disto, tenho de esperar 30 dias para pegar de volta"
CHAMAMOS ISTO DE ?
CHOQUE DE ORDEM.
Uma metrópole como o Rio de Janeiro, não é L. Angeles, não temos iraquianos, chineses, mexicanos. Mas temos relações complexas de poder ocorrendo agora, na rua, nas madrugadas onde cães e homens não se distinguem.
ESBARRÕES?
Esbarrar-se pelas veias nervosas da cidade.
O que é una cidade?
Desconfiança.
Termino esta postagem com duas sugestões:
1. Simmel - As grandes cidades e a vida do espírito
2. Crash - No Limite

sábado, 1 de agosto de 2009

PARA VISITAR


PREZADOS BRASILEIROS E PREZADAS BRASILEIRAS

De nosso passado, coisas devem ser esquecidas e outras, revisitadas.

Suspeito morre em operação da PM para coibir baile funk na zona norte do Rio


01/08/2009 - 20h55

colaboração para a Folha Online

Um suspeito morreu após ser baleado por policiais militares em Vila Isabel, na zona norte do Rio, na tarde deste sábado. Segundo a Polícia Militar, os policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) do 6º Batalhão da PM entraram no morro dos Macacos em uma operação para impedir a realização de um baile funk e traficantes de drogas atiraram neles.

De acordo com a polícia, um dos suspeitos foi baleado no confronto por volta das 16h. Ele foi socorrido e encaminhado ao hospital do Andaraí, mas morreu no local. A polícia informou que uma pistola calibre 380 foi apreendida com o suspeito. Não há informações sobre a identidade do homem.

A operação também contou com o apoio de um caveirão --o blindado das tropas de elite da polícia do Rio. O caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira).

fim de congresoo, dois cafés e uns abraços

Lamento que a Urca passou por dias tão úmidos - mas, como disseram alguns amigos- isto era bom para que as pessoas "fossem ao Congresso".
Registro com carinho a ida de Bruno, Nádia, Marcus e Raquel na mesa de ontem. Acho que não há nada de piegas no registro da importância dos pares de discussão - que são também pessoas que admiramos. Principalmente, como eu conversava com amigos do sul na quinta- quando o campo sociológico parece cheio de sociopatas que discutem como erguer castelos de fumaça. E não é daquela tão comum nos anos 70. Há uma geração que não cultiva nem ervas, nem Tropicálias, nem militâncias, foi tragada por conceitos de eficiência. Perderam o tempo reflexivo que exige recuo na literatura, no cinema e na paixão. Paixão nós temos por amigos também. Vem de ânima, de eros. E isto supera o que comumente se define como estar apaixonado.
O Congresso estava tão cheio, tão cheio, que é claro, você poderia bem ficar se sentindo sozinho.
É interessante como diante da especialização de nossa área, vi muito poucas discussões sobre conjuntura política.
Entre os trabalhos que vi, me chamou especial atençãu o trabalho sobre a Semana de Arte Moderna da Periferia de São Paulo de Érica Peçanha da USP.
Notei que os grupos de trabalho sobre violência e cultura estavam lotados, já os que tratavam teoria, nem tanto.
Não terei mais paciência para discussão sobre origens do samba, se ele vem da Etiópia ou de Madureira. Qual a relevância da questão? Creio que o discurso que afirma " Não tenho lado, quero mostrar os processos, e blá,blá blá" feito por cientistas no sudeste do país, é muito sintomático de como percebemos a ciência em países como Brasil. Maria Teresa Haguette, tem um livro "Metodologias qualitativas" onde faz uma discussão sobre o papel do pesquisador na América Latina. Me pergunto :
- Quer dizer que você tem uma bolsa do CNPq, mora em uma capital com todos os acessos, biblioteca, teatros, viagens e faz uma tese para comprovar que não há pesquisas sérias o suficiente sobre origem do samba?"

Este é só um exemplo. Tenho de revelar que também tenho complicações com temas como
"as praias de nudismo...." . Depende de fato da construção do objeto.
Mas descrever uma realidade social, mesmo que fantástica., não finaliza nossa trabalho. Todo bom jornalista pode fazer isto.

Eu vou postar alguns títulos em breve e vocês concluam. Desde trabalhos sobre animais de estimação até etnografias sobre espaços de depilação masculina.

Não há como seguir sem discutir nossa fazer científico. E as egências de pesquisa,também orientadas sob critérios expressos de produtividade e eficiência não o fazem,

Creio que esta discussão é feita com muito menos intensidade do que outras. E aí se emaranham as questões políticas do campo acadêmico e ele aparece ao mundo desencarnado. Nisto sigo com Bourdieu.