segunda-feira, 4 de maio de 2009

entrevista gélida

Entrevistando Daniele Miterrand, Jô Soares estava mais fora do que nunca. Sem querer entrar em nenhuma das questões que ocupam e ex-primeira dama francesa, como seu apoio aos sem terra e aos índios, resumiu-se a perguntar dados biográficos, fazer comentários desgraçadamente infelizes " Deve ser dificil ter botas de outros marchando sobre nossa terra" - ao que foi lembrado da colaboração francesa com a Alemanha nazista. A entrevista não decolou e acabou rapidamente, com uma secura evidente. Nâo é de hoje que este programa ganhou uma característica: exaltação do que há de banal ou midiaticamente espetacular, nenhuma possibilidade de discussão mais densa. Creio que Jô deve preparar seu roteiro lendo a wikipédia. Se quiserem tirar esta dúvida, vejam a entrevista e depois leiam o verbete. Segue a mesma cronologia. Só faltou falar do comandante Marcos e de Fidel Castro. Mas imagino que ele tenha uma lista de uns cem nomes que nunca devem ser pronunciados em seu programa. Por isto, nada mais útil que levar um homem vestido de foca, o vendedor de pamonhas de Piracicaba e o cantor escatológico Rogério Skylab, que aliás disse que já morreu. Prato cheio para quem lê Gui Debord, não?

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