sábado, 12 de novembro de 2011

Medo


Um castelo no ar... livre de tanta pressão
Não poderei tocá-lo
Disto ambos sabemos
Mas quanta poesia
E gozo desperdiçados...
Não haveria nenhum grande poeta
Se a civilização fosse mesmo uma realidade
E você sabe o que fazemos o tempo todo
Brincamos de esconder tudo
Porque o objetivo é o que importa
E seu bairro, é um jardim
Enquanto o meu é um farrapo
Você sabe de onde vim
E sabe que não foi fácil alcançar sua casa
O Senado ...
Você sabe que  tentei, mas o Ocidente é nosso norte
E só em outro lugar teremos nosso tempo
Até lá, conte-me seus planos
Quanto fogo contra todos
Ah ... isto vale mesmo a pena.

DEUS DE NAPALM


Poderia tocar esta harpa
E poderia ver seu disco pulando
Enquanto invado a cidade
Pelos lados, pela noite, com fogo
Para matar seus povos, de olhos pequenos
Ou crenças antigas

Poderia tocar esta harpa e vê-lo subindo ao céu
Sob a explosão de meu comboio
Sugando suas mulheres
Os cavalos
Os campos
E tudo mais que posso levar

Nenhuma humilhação será esquecida
Soubemos disto quando ainda não ocupavas esta terra,
E comendo este pedaço de pão
Não imaginava que pássaros cospem fogo
Mas agora que já sabe,
Mas agora que já imagina nosso horror....
Feche os olhos diante de nossa passagem

Quando voamos baixo,
Enchendo suas narinas de  sais de alumínio,
Feche os olhos
Agora você já sabe, pássaros cospem fogo
Agora você já sabe
Nós acreditamos que nosso deus,
Deve circular entre seu povo
De mão em mão, de casa em casa
Pondo seus filhos de joelho.