terça-feira, 21 de julho de 2009

Desde Pereira Passos é assim....

Outra marca do programa de melhoramento e embelezamento da capital foi a construção de prédios culturais e a concentração das obras nas zonas Central e Sul, ratificando a intenção de valorização dos terrenos em questão. A construção da Avenida Beira Mar confirmou a estratégia de expansão do sítio. A integração de Copacabana ao espaço urbano também foi promovida pelo poder público, através do túnel do Leme (1906) e da construção da Avenida Atlântica.
Por outro lado a cidade e o espaço, que haviam se transformado em mercadoria, são cobiçados por grandes interesses. Grandes obras, grandes projetos eram exigidos e disputados por empreiteiros, construtores e outros grupos de capitalistas burgueses. O próprio aparelho do Estado era infiltrado por estes interesses, tornando o favorecimento uma prática regular do serviço público. O mais entusiasmado executor dos projetos, o Prefeito Pereira Passos, possuía ligação direta com grupos de construtores. (AMADOR E., 1997, pg. 324)
Em relação à higiene e saneamento de alguns bairros, Passos mandou canalizar rios como o Carioca, Berquó, Maracanã e sanear a Lagoa Rodrigo de Freitas. Declarou guerra aos quiosques, proibiu a atividade dos vendedores ambulantes e o exercício da mendicância.

fonte

Considerações históricas da organização espacial da Cidade do Rio de Janeiro: Um enfoque no Complexo da Maré *
Taiana Santos Jung
Geógrafa, Mestranda ENCE/IBGE – taianajung@ibge.gov.br

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