Claro que seria outra literatura
E ao invés do funk dos morros, um jazz de créole
Claro que seria inspiração e dignidade,
Se não fosse este apartheid
Negado mil vezes
Mil vezes mais vivo
Seria nossa literatura
Negra sobre as prisões nos navios e nas senzalas
Nas casas da tijuca e nos prédios da Barra
Seria uma arte
Quem sabe,
Nas paredes da sala
Pinturas do Egito
Dos incas
De terras sacudidas
Pela mão estranha do homem...
Claro que seria outra arte,
Não existe homem que negue
Nossa pele tem mil tons
Mas nossa poesia não.
sábado, 17 de julho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário