sábado, 17 de julho de 2010

BLUE NOTE



É porque você precisa abandonar o roteiro
Os relógios e mapas
E todo tipo de pista

Um corpo não pode solar
Valendo-se destes artifícios
Nem de paredes vermelhas
Ou qualquer tipo de papel assinado
Por vivos, mortos, zumbis ou sacerdotes.

Onde caem as notas,
Espaço
De cor indefinível e de espessura assombrosa

Mas não é de uma chave que precisas,
Pois não há porta

E nestes séculos todos,
Reaparecei para conduzi-lo
Mesmo assim, ainda preferes os instrumentos de rádio.

E assim ficamos mudos
Sem pontes,
Sem pares.
Sem azuis

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