sábado, 10 de outubro de 2009

ALTERIDADE


Quando os conceitos aparecem desencarnados de suas conseqüências concretas na vida cotidiana dos cidadãos, a filosofia política torna-se mistificação. O artigo a favor da permanência no Haiti, vejam na Folha, ocupa-se de pensar o Brasil no quadro interncional e sua caderia no Conselho de Segurança da Ouu. Estas defesas sobre "o papel do Brasil no cenário interncional" inflam vaidades levianas e complicam a longo prazo uma percepção da aliança política com diretrizes norte-americanas (o que teria alto custo político).
Para defender a noção de "não indiferença" seria preciso agregar uma discussão sobre ALTERIDADE e perguntar se os haitianos têm interesse neste tipo de solidariedade específico que sob o manto de reconstrução, usa de violência, violação de mulheres e repressão seguida de morte aos manifestantes. Como força de paz, esta coalisão é garantidora de que ordem?
O paradoxo dos conceitos e suas implicações aparece mais que escancarado na eleição para Nobel da Paz de um presidente que tem no Afeganistão mais de 70 mil soldados e que em 11 de setembro de 2008 registrava a morte de 4.100 pessoas.
A discussão sobre alteridade é central para quem está pensando cenários deste tipo

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