terça-feira, 12 de julho de 2011

HELENA



Os poetas, anos, décadas, a mesma melodia
Mas por que não se cansam?

Acontece que não há boca tamanha
Para contar as pérolas do mar
Nem passado que possa ser sepultado
Diante dos olhos de água-esmeralda

Minha musa, feita assim,
De vacilantes acordes marítimos

Pescador, náufrago, capitão
Marujo.

Mesmo sonho de abraçar-te
Sempre longe, sempre longe

Nunca mais o conto de teus olhos
Nunca mais a cor de teus olhos

Cansa-me o passado e suas musas
Feitiço tolo, serei Ulisses.

Não me fale de suas despedidas
Não te falarei das minhas,

Seja assim, polidez
Civilização, tijolo entre nós
Brasília.

Nunca mais...
Nunca mais....

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